Dia Bissexto

Neste dia bissexto, um fragmento raro no tecido do tempo, somos confrontados com a efemeridade e a singularidade da existência. É uma pausa concedida pelo universo, uma oportunidade para refletir sobre a cadência das estações que moldam nossa jornada. Como guardiões das datas, somos lembrados da importância de honrar o ciclo da vida, de nos reconectar com a harmonia natural que permeia toda criação. É uma chance de renovar nossos votos com a jornada interior, de nos permitir sermos iluminados pela sabedoria que emana da própria natureza. Neste dia, o calendário se dobra para se alinhar com as quatro estações, um lembrete tangível de que a sincronia entre o tempo e o cosmos é essencial para nossa própria evolução. É uma celebração da renovação constante que pulsa em cada átomo do universo, uma inspiração para buscarmos nossa própria iluminação através da conexão com o sagrado ciclo da vida. Que neste dia bissexto encontremos a motivação para nos reconectarmos com nossa essência mais profunda, para nos permitir sermos banhados pela luz da compreensão e pela serenidade da aceitação. Que possamos abraçar a oportunidade de renovação que este dia oferece, e nos lançarmos com coragem e determinação na jornada rumo à nossa verdadeira natureza.

Chuva

Nas sombras da noite fria, os sonhos tecem uma tapeçaria de outra realidade desconhecida, onde os véus da verdade se dissipam diante dos olhos inquietos. A chuva, mensageira silenciosa dos céus, carrega consigo presságios ocultos, cifrados nas gotas que dançam ao sabor do vento. Para mim, filho do Sol, a chuva é um enigma sussurrado pela terra sedenta. É o momento em que somos convocados a nos recolher, a mergulhar nas profundezas de nossa própria essência. Pois a terra, em sua ânsia por renovação, clama pela água que nutre suas raízes, assim como o fogo anseia pela serenidade das águas que o acalmam em sua voracidade. E no intricado ciclo da existência, o ar, sopro vital que permeia toda criação, aguarda pacientemente a transformação das águas em chuva, testemunhando a metamorfose que precede a fertilidade do renascimento. Que as mensagens veladas sejam transmitidas com a responsabilidade de quem compreende o peso dos mistérios do universo. Pois somos todos responsáveis por decifrar os enigmas que nos cercam, mergulhando nas profundezas do desconhecido em busca da verdade que aguarda ser revelada.

Teia

Na vastidão do universo, somos como aranhas cegas tecendo teias em meio à escuridão cósmica. Nossos movimentos são guiados pela necessidade instintiva de buscar conexões, mesmo que sejamos inconscientes das forças que moldam nosso destino. A teia que tecemos é tanto uma prisão quanto um refúgio, uma manifestação efêmera de nossa busca por significado em um mundo indiferente e caótico. Cada encontro humano é um fio tênue na teia do destino, uma breve interseção de linhas entrelaçadas em um padrão que apenas a vastidão do tempo pode vislumbrar. Mas, assim como as aranhas, somos confrontados com a efemeridade de nossas criações. Nossas teias são facilmente desfeitas pelas tempestades da vida, e cada encontro pode se transformar em nada mais do que uma lembrança fugaz no tecido do tempo. No entanto, é na consciência de nossa própria insignificância que encontramos uma estranha liberdade. Somos arquitetos de nosso próprio destino, mesmo que esse destino seja apenas uma ilusão fugaz em um universo sem sentido aparente. Então, enquanto tecemos nossas teias frágeis na escuridão do desconhecido, podemos encontrar conforto na beleza efêmera de nossas interações, sabendo que, mesmo que nossas teias se desfaçam, a busca pelo significado continua.

Mais do Mesmo

Não sei por onde começar.. Só sei que precisa começar.. Pensamentos soltos.. Infelizmente a vida não é um jogo, mas na vida a gente se joga.. Joga contra Você mesmo.. Desejos e Vontades.. O que deseja ser contra o que não quer ser.. Eu particularmente não gostaria de ser o que minha mente diz que Eu sou.. Não sei como é possível sobreviver fazendo sempre o oposto do que deseja fazer.. Alguns dizem que assim não é possível ser feliz.. Uma vez me disseram que o que desejamos fazer não devemos fazer e o que fazemos não é o que desejamos fazer.. Será que sempre nos arrependemos do que fazemos e não fazemos o que queremos com o medo de se arrepender.. Ou por pensar demais.. Esse é meu maior defeito.. Dos infinitos defeitos que compõe minha pessoa.. Agora quem me ler vai me ver pelo avesso.. Não quero dizer que o sim é não.. Só quero dizer que o melhor pra Você, não é o melhor pra mim.. O melhor pra mim é fim, antes do começo.. ou talvez o começo antes do fim.. Depende da perspectiva.. Trilhar caminhos é se lançar no vazio, na escuridão, no nada.. e construir trilhas que levam ao desconhecido de Você mesmo.. Talvez daqui há alguns anos, palavras, escolhas, gestos, não façam mais sentido nenhum.. E Você se prenda no E SE.. Lembre-se que naquele momento era o que fazia sentido e que realmente não fazemos o que queremos, apenas o que nos convém fazer.. Somos inconsequentes.. Por enquanto meu pensamento se transforma em palavras, o que é raro de acontecer.. Para que as palavras sejam incompreendidas e interpretadas de maneira que Eu não compreendo ou não quero dizer.. Nada faz e nem fará sentido..