MORTE

A escuridão envolve minha alma como um manto sombrio, e o eco da morte ressoa em meus ouvidos, chamando-me pelo nome, sussurrando que minha hora chegou. Mas onde estou nesta encruzilhada da existência? As bifurcações se estendem diante de mim, cada caminho obscurecido pelo véu da incerteza. Luto contra a morte com todas as fibras do meu ser, resistindo às suas verdades implacáveis que tentam me subjugar. Mas, neste reino gélido e solitário, sinto-me desamparado, sem um amigo em quem confiar, sem um escudo para me proteger das investidas da ceifadora implacável. A morte já me visitou duas vezes, e agora seus dedos frios parecem alcançar-me mais uma vez. Sinto-me cercado por suas sombras, encurralado por suas promessas sinistras. Minhas armas estão longe, meu escudo está distante, e estou vulnerável diante de seu abraço gelado. Mas, mesmo na escuridão da dúvida, uma centelha de esperança continua acesa dentro de mim. Talvez a morte não tenha poder sobre mim, talvez ela seja apenas uma ilusão, uma sombra fugaz que tenta me seduzir para o abismo do desconhecido. Enquanto pondero sobre meu destino incerto, percebo que a morte não é apenas o fim, mas também o início de uma nova jornada. É o ponto de partida para o desconhecido, uma passagem para além das fronteiras da existência terrena. E assim, mesmo no limiar da morte, encontro coragem para enfrentar o desconhecido, para abraçar o mistério da vida e da morte com dignidade e serenidade. Pois, no final das contas, o que importa não é o destino final, mas sim a jornada que nos leva até lá, e as escolhas que fazemos ao longo do caminho.

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