Nem toda dor é fim.. Algumas se parecem com quedas, mas são, na verdade, aberturas.. Portas silenciosas que só se revelam quando o mundo lá fora já não consegue responder ao que pulsa aqui dentro.. São nesses momentos que a alma se senta no chão da própria história e começa a escutar com mais profundidade.. Há dores que não gritam, apenas sussurram — e mesmo assim, conseguem desmontar certezas antigas.. São elas que nos forçam a parar, respirar, e olhar com coragem para os cantos esquecidos do próprio coração.. Acolher a vulnerabilidade sem se envergonhar dela é um ato de sabedoria.. Porque aquilo que ainda nos toca, mesmo que machuque, é também o que revela onde ainda vive o que é verdadeiro.. O choro contido, a palavra engolida, o silêncio que pesa — tudo isso também é vida pedindo espaço.. Talvez não seja tempo de respostas, mas de escuta.. Escutar o que o corpo sente, o que a alma deseja, o que a história pede para ser finalmente dita.. Algumas dores não passam, elas se transformam.. E é nesse processo que descobrimos que o que parecia fraqueza era, na verdade, a semente de uma força mais honesta.. Aquela que não precisa provar nada, só existir com inteireza.. Quando doer, sente.. Quando pesar, respire.. E se for preciso, peça colo — mesmo que seja ao silêncio.. Porque ele também sabe cuidar..
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