Onde a profundidade encontra o céu

Nem todo voo nasce do impulso.. Os voos mais altos, aqueles que duram, se desenham primeiro no escuro do solo.. Raízes fortes não aparecem nas fotografias, não recebem aplausos — mas são elas que sustentam o peso dos sonhos quando os ventos chegam.. Mergulhar no essencial, encarar de frente o que ainda dói ou limita, é cavar um chão onde a liberdade se apoia.. Não é peso, é asa oculta.. Cada pequeno gesto de responsabilidade, cada decisão paciente, cada silêncio aceito como parte do processo.. tudo isso constrói uma profundidade que, um dia, sem aviso, encontra o céu.. Porque não se trata apenas de subir; trata-se de permanecer.. De se elevar sem se perder de si.. De permitir que o mundo te veja lá em cima, mas sem esquecer onde estão as tuas raízes.. O que sustenta o voo não é o grito, é o cuidado.. O que leva mais longe não é a pressa, é a verdade plantada, dia após dia, nos passos silenciosos.. Hoje, olhe para dentro.. Repare onde suas raízes pedem água, atenção, paciência.. E saiba: é aí que o seu céu já começa..

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